Fake News se espalha mais rápido do que notícias verdadeiras
- unipressunifaccamp
- 3 de dez. de 2018
- 3 min de leitura
Fatos mentirosos são mais compartilhados nas redes e causa impactos negativos na sociedade

As ‘Fake News’ estão em alta em todo mundo, o que faz o trabalho de jornalistas sérios serem prejudicados, porque agora competem com boatos e matérias sensacionalistas, que distorce a realidade e propaga idéias absurdas. As redes sociais, veiculam notícias sem checagem dos fatos e fontes, e isso tem causado impactos negativos na sociedade, tendo em vista que muitas pessoas não sabem diferenciar qual fato é real ou é mentira.
O ‘Instituto Reuters para o Estudo do Jornalismo’ realizou uma pesquisa, na qual mostra que as mídias sociais são a maior fonte de notícias para os brasileiros. Em 2013 o percentual era de 47% e esse número só aumenta, já que em 2016 ficou em 72%. Outra pesquisa, realizada pelo ‘Instituto Tecnológico de Massachusetts’ (MIT) nos Estados Unidos, mostra que as fake news são mais compartilhadas pelos bots (robôs que se comportam como humanos). A pesquisa analisou 126 mil postagens, no twitter de 2006 a 2017. O estudo mostra que as informações falsas se espalham mais rápidas e têm o alcance maior do que as notícias verdadeiras, independente do conteúdo. É nítido que quanto maior for à disseminação de um fato falso, maior número de pessoas atingidas.
O que faz as pessoas acreditarem?
Uma pesquisa apresentada na convenção anual ‘Associação Americana de Psicologia’ apontou o “viés de confirmação”, como principal razão para as pessoas acreditarem em fake news. Esse termo a tendência das pessoas em não aceitar informações que as desafiam.
Durante a infância os pais são os grandes responsáveis por passar as crenças da família, já na adolescência muito se rebelam e questiona tudo o que foi passado a eles, assim criando suas próprias crenças ou confirmando os dos pais.
As fake news muitas das vezes chegam muito fácil até as pessoas, por exemplo, pelo whatsapp, é o que diz a estagiária em direito, Gabriele Marques, 18 anos, “A pessoa que envia, geralmente em grupos de família ou amigos, gerando uma confiança prévia em que dissemina a informação falsa, bem como o olhar cego sobre alguns assuntos”, e o estudante Henrique Zillo, 19 anos, completa o pensamento, “Em compartilhamento por compartilhamento, quando uma pessoa recebe uma noticia de alguém de confiança, ela não questiona”.
O resumo é que cada um tem que fazer sua parte, e apenas compartilhar aquilo que tem certeza que é verdade, e desconfiar de notícias absurdas e de sites que nunca ouviram falar. E se a notícia chegou muito fácil, é melhor verificar a veracidade.
Caso chocante
Em 2014, mesmo antes do mundo ter certeza que as notícias falsas podem manipular eleições, acabar com reputações e destruir vidas, as vezes literalmente, aconteceu um caso de espancamento por causa de boatos em uma cidade no litoral de São Paulo.
A dona de casa, Fabiane Maria de Jesus, 33 anos, morreu no dia 5 de maio de 2014, dois dias após ser espancada no bairro Morrinhos no Guarujá. A mulher foi amarrada e agredida e, segundo testemunhas, os moradores afirmavam que a mulher havia sequestrado uma criança para realizar trabalhos de magia negra.
Segundo a família ela foi agredida logo depois que uma página no Facebook chamada “Guarujá Alerta”, com 56 mil curtidas, publicar informações sobre “uma mulher que está raptando crianças para realizar magia negra”.
Cinco homens foram condenados entre outubro de 2016 e janeiro de 2017, à pena máxima de 30 anos de reclusão cada, também foi determinada uma indenização a família de R$550 mil, mas que foi classificada como “simbólica”, pois dificilmente será paga pela condição financeira dos condenados.
Carlos e Abel, em depoimentos à Justiça, disseram não ter ouvido nada sobre os boatos da mulher. Diferentemente de Lucas que comentou que era a mulher que foi publicada na página do Facebook.
Valmir falou que foi movido pela revolta por isso realizou as agressões, e Lucas que foi um ato de emoção.
Por: Isabela Mendes - 27754
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