Noticias falsas ao longo da historia: A moda "fake news" foi usada por grandes nações
- unipressunifaccamp
- 3 de dez. de 2018
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Em “Os Gregos Acreditavam em Seus Mitos?” O historiador francês Paul Veyne escreveu: “Os homens não encontram a verdade, a constroem, como constroem sua história”. E assim é a construção das notícias falsas, que são manipuladas para a criação de uma realidade diferente, exercendo controle sobre atitudes e sentimentos humanos.
Marc Bloch publicou um pequeno ensaio de nome: Réflexions d’UnHistorienSurlesFaussesNouvelles de laGuerre, (“reflexões de um historiador sobre a notícias falsas das guerra”, Allia, 2012) mas originalmente, a obra foi publicada em 1921. Marc foi assassinado pelos nazistas em 1944 mas antes disso, se perturbou com a expansão e consequências que as notícias falsas tinham dado ao rumo da primeira guerra mundial.
Durante a primeira grande guerra uma notícia mentirosa descoberta somente décadas mais tarde, teve em seu objetivo denegrir a imagem do oponente. Jornais europeus, a mando do serviço secreto britânico, espalharam exemplares de notícias sobre uma fábrica alemã que retirava glicerina do corpo de pessoas mortas na guerra para a produção de manteiga e sabão.
Os nazistas e a segunda guerra mundial foi um período recheado de notícias falsas. Em 1 de setembro de 1939, Adolf Hitler declarou através do rádio que: “O fogo está sendo revidado”. Mas era mentira. A Alemanha iniciou a guerra antes das 5h com ataques de um navio alemão contra militares poloneses.
A União Soviética perdeu a guerra fria, mas era imbatível na criação de notícias falsas um exemplo disso foi o boato em que o vírus HIV teria sido criada nos EUA a partir de experimentos e armas biológicas a mando governo americano. A ida a lua também foi posta em dúvida, e esse por acaso seria um boato bem conveniente para a União Soviética. Em 2015 Vladimir Markin, porta vós do comitê investigativo Russo, insinuou que uma investigação deveria ser feita para comprovar se as imagens dos EUA a lua não foram gravadas em estúdio.
No Brasil as “Fake News” aparecem desde o começo dos tempos, a começar bem do início quando foi dito sobre a descoberta do Brasil, onde mais adequadamente deveria ser dito sobre a invasão ao Brasil.
Em 25 de Janeiro de 1984, 300 mil pessoas foram até a Praça da Sé em São Paulo pedindo pelas Diretas Já. O povo exigia eleições diretas para presidente, que ainda era governado por um regime militar. A rede Globo apoiadora do regime, noticiou no Jornal Nacional que a manifestação teria sido a maior entre todos os comícios em comemoração aos 430 anos do aniversário de São Paulo.
“Notícias falsas existem desde o século 6” diz historiador Robert Darnton,77, na matéria publicada em Fevereiro de 2017 pela Folha de São Paulo, mas para nós, as “Fake News” fazem parte somente do século XXI com a criação das redes sociais.
“Procópio foi um historiados bizantino do século 6 famoso por escrever a história do império de Justiniano. Mas ele também escreveu um texto secreto, chamado “Anekdota”, e ali ele espalhou “fake News”, arruinando completamente a reputação do imperador Justiniano e de outros”, diz Darnton.
Segundo o dicionário Merreriam-Webster, a expressão “Fake News” é usada desde o final do século XIX, mas os registros históricos, comprovam que as características de notícias falsas, tem início bem antes disso.As redes sociais ajudaram as notícias falsas serem disseminadas de forma mais facilitada e rápida, mas essa pratica, já era cometida antes mesmo de imaginarmos.
Por: Nayara Cristina - 27466
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